Viajante!

Apenas encontrará o que procura nos meus domínios caso esteja ligado com o que mais desconhece sobre si.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Estandarte e seu Sujeito

Na montanha mais alta da floresta cujos espinhos das árvores e das plantas petrificam e laceram qualquer corpo que se exponha a eles. No topo de tal grotesca terra brota todo tipo de fera dantesca e risonha, sedentas para devorar a alma, especialmente as mais nobres, daqueles que por um dia, um tempo, ousaram penetrar em inóspito bosque que cerca tão tenebrante montanha, morada do se mais incontrolável que possa existir em toda a extensão daquelas terras. Em plena noite, onde a verdade não existe, ou existe para aquele que nela acredita. O nosso glorioso cavaleiro, que tem nessa escolha o seu estandarte, caminha rumo ao desconhecido que tem certeza que irá desvelar. Bravo e corajoso, orgulhoso e confiante, cavalga solitário para o habitat do medo, rancor, raiva e prazer, caverna onde respira tal sangrenta criatura. Entre as matas, o rei de si não vê nada a sua frente, no imenso abismo farfalhante, mas percebe cada canto do seu existir se cobiçado por vários olhos , por todos os lados, não! Esse olhar é apenas um, um grito por sua carne fresca e tenaz, tragando aquilo que o constitui para um caldeirão repleto de ódio e prazer, como se o ventre da terra seus pés fossem puxados para tudo aquilo que ele não aceita. E o estandarte que o representa segue o seu caminho floresta a dentro, enquanto o sujeito fica sem saber se foi partido ou partiu para fora de si.

Nenhum comentário: