Viajante!

Apenas encontrará o que procura nos meus domínios caso esteja ligado com o que mais desconhece sobre si.



terça-feira, 19 de abril de 2011

Associação Não Tão Livre

Respire! Sinta o movimento da terra, desconecte-se de todo barulho dentro e fora de você. Focalize-se num ponto mais seguro dos seus pensamentos, evoque a melhor imagem que tem, a que lhe transporta como um poderoso fetiche para um lugar só seu. Plante uma corda amarrada num balão. Lance este as zonas mais conturbadas de sua mente, no centro da sua tempestade de pensamentos. Sinta o movimento sem se desconectar de nenhum dos pontos. Ande e flutue ao mesmo tempo. Você pode! Note que sensações essa experiência lhe traz, como seu corpo reage, sua respiração, seus batimentos, sua pulsão. Perceba como ela oscila, em que velocidade. Cada figura de pensamento, cada montagem da imaginação. O que é mais evocado, o que pede satisfação, o que lhe causa dor. Calma! Você está seguro, está conectado, amarrado em seu melhor pensamento, lembra? Não se intimide pela força do furacão, não recrimine o estado de atração que sua pulsão encontra-se a cada vez que encontra alguma imagem. Os pontos de energia que vão surgindo, pouco a pouco, bem como sua vibração são os afetos ligados as suas imagens. Transforme essa energia em seu próprio corpo. Absorva sem dar qualquer origem a eles. Contraia-se, exploda-se em milhares de pontos de energia que caem como a neve em seu porto seguro. A tempestade irá passar e perceba lentamente que você não saiu do lugar. Olhe as imagens que caem iluminadas por toda energia dissipada. Olhe cada uma dela e lhes atribua novos significados, mude as polaridades das energias como quiser e puder! Libere sua pulsão, desamarre a corda e acorde!

O que você vê nessas imagens que se seguem?

















domingo, 10 de abril de 2011

Antigo Texto



Jonnatan ainda corre desesperadamente até sua mansão do lado nobre na cidade, seu cavalo foi envenenado, seu cocheiro morto e por milagre dos santos ele ainda está vivo. Ele corre muito e ainda muito confuso com tudo que está acontecendo, nunca em sua vida havia feito se quer um ato de suborno, nenhum ato que prejudicasse a Inglaterra, no entanto, provas foram postas em sua frente, às duas horas passadas ainda não entraram na mente de Jonnatan, o que pode ter acontecido? O que? Ele pensa.
Ofegante ele chega a sua Mansão, adentra a grande porta da frente e sobe rapidamente as escadas, sua intenção agora é fugir, é apenas o que a sua mente assustada pensa, ao entrar no quarto, gritando sua esposa, Lílian, quando ele a vê, prestes a se enforca, rapidamente ele pula e a segura a tempo, gritando o nome dela em desespero, mais ela está inerte, não morta, apenas em desmaio, ele nota que as suas vestes estão rasgadas, sinais de violência, ele se levanta querendo entender o que está acontecendo, olhando para os lados e com as mãos na cabeça ele vê uma possibilidade que o consome, o relógio do seu melhor amigo e sócio, Bryan, e a janela aberta, agora tudo faz sentido para Jonnatan, as falsas provas plantadas contra ele, a tentativa de assassinato, tudo fazia sentido. Jonnatan abre seu armário e pega a sua espada e sai já sabendo o que deve ser feito.
Percorrendo as ruas escuras e desertas ele chega até a taverna que Jonnatan sabia que poderia encontrar Bryan, e só de pensar na expressão irônica de Bryan como se nada acontecerá incita um ódio tão grande em Jonnatan que o próprio sente as fortes batidas do coração.
Jonnatan avista Bryan, ao entrar na taverna, Bryan vê o velho amigo, e vem em sua direção com um sorriso, sorriso esse que faz Jonnatan explodir de raiva e sem dar nenhuma palavra lança um golpe de sua espada contra o peito de Bryan que olha para Jonnatan surpreso, o sangue escorre pela espada de Jonnatan e começa a sujar o chão da taverna e escorrer até os pés de Jonnatan que vê Bryan soluçar e morrer lentamente.
Jonnatan se ajoelha, não sabe como aquilo foi acontecer, toda a sua vida passa como um raio em sua cabeça, cavalos se aproximam, os guardas prendem Jonnatan, mais a sua honra está lavada.
Meses depois nas masmorras do castelo imperial, hoje usado como prisão para aqueles que a Inglaterra quer esquecer, Jonnatan encontra-se largado, no fundo da sua cela, ele ainda lembra das horas que mudaram a sua vida. Ainda confuso e desolado, um raio de luz afasta momentaneamente a escuridão da masmorra, dois guardas entram e, rispidamente, arrastam ele para fora.
Jonnatan não imagina para onde está indo, será que iram me executar? Seria melhor, ele pensa. Eles o levam até uma sala onde à duas cadeiras e uma mesa, eles mandam Jonnatan sentar, ele começa a ficar preocupado.
Lílian adentra a sala em um vestido branco, bordado, decorado em perolas, depois de todos esses meses eles deixaram ela me ver, pensa Jonnatan, uma faísca de alegria cresce no peito dele, ela se senta e com um sorriso tão irônico quanto tudo aquilo que ele havia passado, e bem calmamente ela começa a contar como foi fácil colocar todas aquelas provas e lhe dar parabéns pela fuga da tentativa de assassinato ou de como foi fácil forjar o estupro e fazer com que ele matasse o melhor amigo, e ao final agradece todo que ela conseguiu, antes de sair, ela lhe dar um frasco, veneno da índia, e deixa a sala os risos.
Jonnatan agora é apenas desespero, os guardas o levam a sua cela, ele está sem forças, ele pensa que talvez ela esteja certa, que o melhor para ele agora é a morte, ele visa o veneno e toma quase em um gole. Jonnatan senta-se esperando a morte, quando olha as paredes da cela e avista um menino, cabelos negros, grandes e lisos, sentado com a cabeça entre as pernas, o que é incrível é que Jonnatan não se assusta, é como se ele já o esperasse, Jonnatan olha para baixo e o garoto pergunta se ele quer vingança... Jonnatan faz um sinal positivo com a cabeça e morre.