Viajante!

Apenas encontrará o que procura nos meus domínios caso esteja ligado com o que mais desconhece sobre si.



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O renascer de uma nova vontade!


O mundo se ergue contra mim, contra nós filhos do caos.  A vida podre nos impele ao delito, mas que delito? Se tudo que faço é olhando as estrelas e pensando na infinitude desse nada que somos nós!?  Quero beber os mares da vida, quero ir para o oeste quando o vento está leste. Navegar numa linda universal cheia de encantos, mas o mundo, aquele que criamos, não é assim. A correnteza nos desafia ao impossível, sem ouvidos, sem fala, só o ódio nos move de encontro a todo abismo. Invoco do fundo de m’alma todos os guerreiros que passaram sobre a terra. Lanço-me ao puro veneno. Rufem os tambores! Gritem! Para todos aqueles que chegaram aqui, deixem toda a esperança e paz. É tempo de guerra! O mar manchado de sangue. Oh! Demônios, lacerem meu espírito e a minha carne, destruam meu coração, pois não há lugar para coisas tão banais nos tempos que seguem. Que a vida seja o cravejar das unhas na essência do lorde Keen e o fogo alimente nossa Vontade de Potencia!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

História Sem Fim

Sempre pontual. De todos, ela era a que chegava no horário combinado e já estava acostumada a olhar o ambiente a espera dos atrasados. Chamava atenção onde estava, moça linda, cachos dourados, sentada sozinha num café expresso. Via todo salão de piso vermelho com poucos móveis e varias salas. Não ficava nem um pouco contente com aquela espera, mas aprendeu a respirar e esperar. Que saco! Pensava. Apenas uma única vez eles bem que poderiam chegar no horário marcado. As pessoas iam chegando ao salão, ao que parece, haveria ali um colóquio de filosofia, trabalhos que falavam de Kant e Nietzsche. Como conciliar esses dois pensamentos? Pensava alto em frente a um cartaz. Os dois são críticos da sua época, ouviu dizer uma voz masculina as suas costas. Virou-se com um sorriso já conhecido, finalmente um deles chegará. Abraçaram-se demoradamente. Ela faz uma birra por ter esperado, ele uma piada e no intervalo de uma coisa e outra ouvem um grito. A artista invade a sala com passos de balé. Finalmente, ela pensa, estão todos aqui, finalmente, ela diz, não dava pra demorar mais um pouquinho não? Diz num tom irônico de quem quer arrancar constrangimento. Desculpa, é que tava num ensaio e o protagonista não tava acertando nada. Tudo bem, e ai? Vamos? A artista trazia consigo duas malas grandes que prontamente foram pegas pelo cavalheiro que as acompanhava. Sentaram numa mesa. E ai? Como estão? Que tem feito? Nenhuma nova novidade, só que minha filha ta em conflito com a mãe e eu que estou no meio que sobro. Risos arrancados das duas belas moças. É assim mesmo, sempe soube que seria assim. E você? Como estão os filhotes e o marido. Os filhos dando trabalho e o marido na mesma, focado no trabalho, diz com uma penumbra no rosto de quem não esta agradada. Estou fazendo peça nova com um grupo lá no centro, quando estrear quero vocês lá. Com certeza! Mas e aquele lance? Não deu certo, ela era muito careta, tudo me julgava. Os dois olham pra artista que expressa desanimo nas sobrancelhas, eles sabiam que aquilo não era nada bom, ela não tinha muita sorte no amor. E ai? Não vamos perder mais tempo, vamos logo, disse com aquele sorriso brilhante e um olhar faceiro, já basta o tempo que esperei aqui. Pegaram as malas e saíram, foram a um banheiro e trocaram as roupas. Elas vestiram-se de concubinas francesas, ele de fraque a moda antiga, saíram rapidamente e adentraram um taxi. Foram a um hotel de luxo e no caminho aos risos beijavam-se loucamente, como adolescentes conhecendo os prazeres da vida. Tinham em suas mãos mascaras com haste,s dessas venezianas. O taxista olhava furtivo e curioso pelo retrovisor para aquela cena. As roupas que elas vestiam lembrava uma novela de época qualquer do século dezoito. Ele até passaria, mas não sem ser notado. Chegaram ao hotel e a cena que se segue deixou todos do saguão paralisados. Não havia tanta gente, pois já passavam das vinte e três horas. Ele saiu do carro já com a máscara, elas em seguida da mesma forma. Ele foi até o atendente e pediu pela reserva. Nos segundos de inanição do atendente, elas faziam uma dança, olhavam-se, mascaradas, com os corpos colados de pura sensualidade. Elas pareciam se beijar com os corpos, olhos vidrados nos olhos numa dança quase mística. Pode-me da as chaves? O atendente despertou de seu transe ou ver a cena que lhe instigava. Olhou bem para o mascarado de fraque a sua frente como se estivesse vendo o ultimo ganhador da loteria. Passou demoradamente as chaves e voltou a olhar a cena que a esta altura já estava desfeita. Entraram no elevador aos risos. O quarto era amplo, a cama grande e tudo mais que se pode imaginar numa suíte de hotel de luxo.