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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Bobo e o rei.

Quando somos nós nos diluímos, colocar-se na condição de eu, templário orgulhoso e hipócrita, é uma posição arriscada. O santo guerreiro expõe-se ao ridículo dos olhares, tomando para si a responsabilidade de afirma-se como existente, dono de um castelo que ele não pode controlar, governar. Quando afirmamos uma identidade colocada em um só mundo, realidade, esquecemos que guardamos as portas de uma prisão, esquecemos do monstro na ante sala espreitando cada brecha do nosso ser, da nossa existência. E a desconstrução acontece quando notamos que o ofegar da fera acontece em nossos pulmões, face à face, lados de uma mesma coisa, sensação, o ofegar de medo do eu em plena sintonia com o desejante do incontrolável. Mas não apenas medo sente o eu, mas alívio em supor que está no controle da besta, que tem a chave da porta, e tem, mas não sabe usar, não quer. Afinal que mais preciosa honra para o cavaleiro ter o bicho, o inimigo, trancado, domado, aprisionado pela força da sua vontade? Pobre nobreza cega e delirante, afirma-se rei, mas não passa de um bobo Cortez. Nada contra os bobos, pois caso o nosso tolo herói reconhecesse como tal estaria mais próximo de si mesmo.

2 comentários:

Eros Carvalho disse...

Ta add rona!
Mais ta na hora de atualizar vuh!
xD

Camila Barretto (: disse...

* goiabinha - ressurgindo das cinzas - diz:

Como as coisas andam? Tudo certinho? :) Espero que um dia veja essa msg! haha