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segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Alvo e a Mira

A caça, tola caça, mal percebe o perigo que sofre, em meio a todas as outras caças está alienada tramas que a envolvem. O caçador, tão selvagem quanto a caça, necessário dizer, espreita furtivamente o grupo, mas o seu alvo ele já escolheu a muito tempo. A conexão que se estabelece entre ambos é uma leitura corporal. Do caçador para a caça e da caça para si mesma. Nesse jogo perverso, um é atitude, voracidade, selvagem, e pesa a sua aparição no grupo ao qual analisa, pois ele deve ser rápido como um raio, para que os outros não socorram sua vítima. O outro está cheio de sobrevivência, vontade de viver, de afirmar a vida em tudo aquilo que é moral e honroso, mas é detentor de uma fragilidade tamanha, medo e orgulho. E nesse impasse, e nessa luta por precisão, por estrutura bem definida que desejo e vontade dançam uma guerra sempre inacabada. O coração pulsa num só ritmo.

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