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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Profeticamente Poético


Até que a última
Gota de vida acabe
Sigo sendo poeta.
Mas de que me vale
Tanta vida em represa
Se só declamo mesmo
Enquanto existir o amor?
Mas mesmo com sede de tudo
Sigo sendo poeta.
Numa atitude rara
Reta!
De quem sente no ar
Que a terra abrirá
E a rosa dos ventos
Os mares e o tempo
E a sorte, e a morte
Tudo isso passará
Do chão brotará
As águas do amor
Assim
Sigo sendo poeta
Declamando rios de amor
E de vida.

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